Como você se vê no espelho?
Conheça a Síndrome da Distorção da imagem, a busca por uma perfeição inalcançável
Antes da decisão cirúrgica partir para a data a ser marcada, o cirurgião desempenha um importante papel: a franca conversa com seu paciente, durante a avaliação. Atualmente, ao mesmo tempo em que as mudanças estéticas estão mais acessíveis também está ocorrendo uma distorção quanto ao padrão de beleza, um grau de perfeição inexistente. E é justamente na análise do quanto isto é repetido pelo paciente, e se o ‘defeito’ existe mesmo, que o cirurgião irá diagnosticar uma possível Dismorfofobia, a Síndrome da Distorção da imagem. É um transtorno psicológico caracterizado pelo exagero estético, notando imperfeições onde não há, e mesmo que lhe dizem o contrário, aquela insatisfação gera uma obsessão, em que todo o momento os assuntos giram em torno daquele objetivo. A pessoa então começa a culpar os seus problemas e insucesso por causa da beleza, sente pena de si mesma, isso chega a atrapalhar a sua vida social. Vale lembrar que esta vaidade acima do limite não tem melhora depois de uma intervenção cirúrgica, pois a pessoa com a Síndrome é uma eterna insatisfeita, para tanto, quer um resultado “irreal”. Depois da cirurgia, ela pode não ficar satisfeita, ou mesmo começar a procurar um problema em outro local. Às vezes, a reclamação estética até se justifica, entretanto, acima de qualquer questão financeira, a ética de um profissional neste caso deve ser orientar estas pessoas para, inicialmente, buscarem um tratamento psicológico. Muitos são os exemplos no mundo dos famosos em que o exagero está evidente, por isso é grande a responsabilidade do cirurgião em saber conduzir e agir corretamente nas indicações para uma plástica.
*Artigo do Dr. Samuel, publicado na revista Top Saúde.
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